Elas já não são o que eram

'Qualquer mulher que goste de Sexo e a Cidade reclama para si o título de fã número 1. Ana Garcia Martins não é excepção, mas bocejou com o segundo filme. E explica a decepção em cinco pontos.
1. Um é bom, dois é demais
Aquando do lançamento do primeiro filme, toda a gente ficou de pé atrás. O que é que ainda faltava inventar para as personagens? O certo é que, fosse pela expectativa, fosse pela enorme vontade de voltar a ver as quatro amigas no ecrã, o filme surpreendeu. Afinal, ainda havia coisas para contar. Para Sexo e a Cidade 2 parte-se com ainda mais reservas. E, inevitavelmente, a desilusão é maior. O filme é um longo bocejo, pontuado aqui e ali com um ou outro momento de humor. Mas não é isso que se espera. Quer-se surpresa, emoção, um volte-face, qualquer coisa… e nada! Não acontece nada. Prevê-se uma entrada directa para o top cinematográfico de maior enchimento de chouriços.
2. Adeus empatia
Apesar de todo o glamour e do belo nível de vida que as personagens levam, o que mais prendia na série eram os pontos de contacto com a realidade. É que no meio de tanta festa e tanto sapato de marca, aquelas mulheres tinham os típicos problemas da vidinha do dia-a-dia. E essa era a chave da empatia. No novo filme tudo é surreal. É a que se encharca em comprimidos para evitar a menopausa, é a que manda o trabalho à vida porque, imagine-se, cansou-se do chefe, é a que não sabe o que fazer com duas crianças (quando nem sequer trabalha e até tem uma ama a viver lá em casa) … enfim. Já para não falar da loucura que é aterrarem no meio do deserto e terem à sua espera uma limusina repleta de sapatos Louboutin e roupa dos maiores criadores. Ou muçulmanas que usam a última colecção da Vuitton por baixo das vestes obrigatórias. Claro.
3. Então e a cidade?
Pois. De Nova Iorque há pouco (muito pouco) para ver, mas há toda uma promoção ao turismo dos Emirados Árabes Unidos. É agradável de ver, mas então e os Cosmopolitans nos restaurantes in de Nova Iorque? E as lojas? E as idas aos cupcakes? Pois, não há. Mas não faltam burkas, areia e camelos.
4. A viajar na maionese
As personagens parecem ter perdido os seus traços mais característicos e damos por elas a fazerem e dizerem coisas que seriam pouco prováveis na série. É como se se tivessem moldado ao que dá mais jeito ao argumentista. E é pena. Está certo que o tempo muda as pessoas, mas... tanto assim?
5. Talvez menos meia hora
No primeiro filme ninguém dava pelas duas horas e tal de duração. Neste, os 146 minutos de “não se está a passar nada” tornam-se penosos.'
http://www.timeout.pt/news.asp?id_news=5534

não bocejei... mas...

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MATOU-ME!

:S